"A Casa de Saúde poderá fechar as suas portas a qualquer momento. Infelizmente essa possibilidade é real e clara. É preciso uma soma de esforços para que a unidade saia dessa crise financeira que hora se apresenta", a declaração é do diretor da Casa de Saúde Dix-sept Rosado, André Neo.  Ele destaca que a falta de credenciamento de vários serviços que o hospital oferece aos usuários do Sistema Único de Saúde tem provocando um déficit financeiro mensal de mais de R$ 100 mil reais por mês. "Temos vários setores que estão funcionando normalmente, custeados pela Casa de Saúde. Há mais de um ano que tentamos credenciar setores importantes junto ao SUS e não temos sucesso, como por exemplo, os outros quatro leitos da Unidade de Terapia Intensiva Neo Natal", argumenta o diretor.  André esclarece que mensalmente é feito um verdadeiro malabarismo para 'escolher' quais contas pagar. "Há mais de um ano tentamos pagar a nossa folha de pessoal em dia e até hoje não conseguimos. Sempre estamos pagando com mais de 20 dias de atraso. Isso acontece por que as nossas despesas são maiores que as nossas receitas", explica.  André vai além e destaca que o problema vivenciado hoje pela única maternidade da cidade é político. "Estão brincando com a saúde do cidadão mossoroense. Por questões políticas, tudo que é para a Dix-sept Rosado se torna mais difícil. Um simples credenciamento de um serviço que já prestamos se torna uma batalha. Se os que estão no poder se preocupassem um pouquinho mais com o povo de Mossoró, a situação seria bem diferente", denuncia o diretor.  Ele usa de números para poder justificar o que expõe. Segundo ele, hoje a maternidade oferece os serviços de sete leitos da UTI Neo, Projeto Canguru, Unidade de Cuidado Intermediário da UTI Neo, e o atendimento obstétrico 24 horas. Os custos mensais desses serviços ultrapassam a quantia de R$164 mil reais.  Desses serviços apenas os três leitos da UTI Neo são pagos pelo SUS, o que soma a quantia de R$ 43 mil reais. "Só nesses serviços citados, a Casa de Saúde tem um déficit financeiro de mais de 121 mil reais, o que daria para pagar quase a folha de pessoal. Imagine quando soma-se a esse montante os outros setores do hospital. Precisamos de ajuda e não temos medo de pedir ou ir buscar. Agora é preciso que todos se esforcem para o bem de Mossoró", comenta.